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Construtora prevê entregar o estádio corintiano em dezembro de 2013; obras seguem dentro do cronograma. Imagem: Coutinho Diegues Cordeiro/DDG |
Bate boca, críticas e reclamações estão em todos os noticiários. Prazos, planejamento do transporte, utilização futura e outros problemas são largamente discutidos na mídia e redes sociais. Mas não importa o time ou a torcida, o estádio do Corinthians é um belo projeto, que valoriza a cidade e promove o esporte. Trata-se de um empreendimento com presença constante da imprensa, dos torcedores, dos órgãos públicos e de toda a comunidade envolvida, o que constitui mais um desafio para os trabalhadores e organizadores, tem ressaltado em entrevistas Luis Paulo Rosenberg, vice-presidente do Clube.
Arena Corinthians
Em vídeo institucional para comemorar o primeiro ano do estádio, neste mês de maio, o clube divulgou os números parciais que envolvem quase 40% dos trabalhos do canteiro de obras do estádio que receberá os jogos da Copa do Mundo de 2014. São 1.523 Km2 de obras, 1.650 trabalhadores, 3.631 estacas cravadas, 553 blocos de concreto fixados, 244 pilares erguidos e 674 degraus assentados. Com capacidade prevista para 48 mil pessoas e 20 mil temporárias para a Copa de 2014, o vídeo divulga ainda os benefícios permanentes para a Zona Leste.
A construção do estádio para a Copa de 2014 trará uma mudança radical para Itaquera, em São Paulo. Hoje são mais de 4 milhões de habitantes na área. Nas transformações estruturais do projeto Itaquera 2014 estão previstas a construção de um Polo Institucional, que terá Fórum, Etec (Escola Técnica) e Fatec (Faculdade de Tecnologia), Unidade do Senai, quartel da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, Centro de Convenções e um parque que ficará na margem de um córrego com área verde, entre outras melhorias. Tudo já estava planejado mas com o estádio do Corinthians as obras serão aceleradas. O governo do estado colocará R$ 345,9 milhões nas obras e a prefeitura arcará com R$ 132,3 milhões. Trata-se de um investimento de quase meio bilhão de reais que vai beneficiar a cidade de São Paulo. A previsão é que tudo esteja concluído até junho de 2013, um ano antes da realização da Copa no Brasil. O local terá 5 pontos de acesso para automóveis, além da facilidade para embarques por trens, metros e aeroportos.
Nível Internacional
O arquiteto Aníbal Coutinho, autor do projeto da arena, tem comentado que o estádio será um dos melhores, com um gramado de nível internacional e “uma iluminação que deixará a noite com luz do dia”. Rosenberg chama o gramado de "estado de arte de um campo de futebol". A grama está sendo desenvolvida por técnicos de uma empresa irlandesa (consultora da FIFA) que pesquisa a reação de várias mudas. O gramado vai custar cerca de R$ 9 milhões. O foco do arquiteto e do vice-presidente do Corinthians é o sistema de manutenção do gramado, baseado em sensores de última geração que identificam qual raiz de grama está seca, quente ou úmida. Já estão no Itaquera um viveiro com gramados do Alasca (EUA), Rússia e do Brasil, uma mostra mundial. O estudo identificará qual delas terá uma melhor adaptação ao solo local.
Investimentos e polêmicas
O nome oficial do Estádio será definido através de um contrato de direitos do nome. Enquanto isso, o estádio é denominado como Arena de São Paulo pela FIFA e como Arena Corinthians pelo clube e por parte da imprensa. Entretanto, grande parte da imprensa, os órgãos públicos e o público em geral já adotaram o nome Itaquerão.
O valor da obra está orçado entre R$ 300 e R$ 350 milhões e é custeado pela construtora Odebrecht. O Corinthians pagará a empresa com o naming rights (direitos do nome). O clube venderá o nome da arena para uma empresa e o que arrecadar com essa cessão repassará à Odebrecht. O que faltar para atingir o total, o clube terá dez anos para devolver à empresa.
Além das obras públicas, diversos empreendimentos privados estão sendo programados para Itaquera. Na região da antiga pedreira, numa área de quase 266 mil metros quadrados, serão levantadas torres comerciais, com restaurantes. Outra a iniciativa vem da rede hoteleira, que deve construir quatro hotéis no bairro.
Um dos pontos mais polêmicos do projeto do Polo Institucional é a criação do Parque Linear Rio Verde, uma área arborizada que será criada em toda a extensãvido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que percorrerá todos os estádios em obras para a Copa. A constegião. Os moradores questionaram sobre qual seria o destino dessas pessoas, mas até agora as autoridades municipais não deram uma resposta.
TST faz ato no estádio por trabalho seguro na construção civil
O ato público realizado no dia 15 de maio no canteiro de obras de Itaquera é o terceiro promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que percorrerá todos os estádios em obras para a Copa. A construção civil é o setor com o maior número de vítimas fatais em acidentes de trabalho, segundo dados da Previdência Social. Em 2010, foram 54.664 acidentes em obras dos 701 mil registrados no país. O ritmo acelerado das obras pode contribuir para um aumento de ocorrências. “Quanto maior a rapidez, maior é o receio de que haja negligência na execução do trabalho e, por conseguinte, um maior número de acidentes de trabalho. É também uma das razões que nos levaram a essa mobilização”. O ato pretende impulsionar ações nacionais voltadas à prevenção de acidentes, conforme explicou o ministro João Oreste Dalazen, presidente do TST.
Não há dúvidas de que a região poderá ser beneficiada com tamanho investimento. Aliás como Corinthiano que sou, estou mto satisfeito com a conquista do novo estádio. Agora, não oferecer condições de nova moradia a população que lá reside, é um absurdo. Como foi noticiado pela BAND (no programa A LIGA) é totalmente deprimente ver tanto investimento ser feito, e os moradores serem tratados como lixo. Pura falta de respeito ao cidadão. DESIGUALDADE eu não apoio.
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